segunda-feira, 30 de maio de 2011

Algumas novidades de 2011


Há muito que se discute o papel das gravadoras no cenário musical, e este ano, a banda Vanguart, que fazia parte do portifólio de uma grande gravadora volta ao cenário independente. Enquanto o disco não sai do forno, fica a expectativa de saber o quanto isso pode influenciar no trabalho final. 

O Vanguart tinha um contrato com a Universal, mas não lançou nenhum disco de estúdio com o “apoio” desta, apenas seu “multishow ao vivo” gravado no final de 2009 em São Paulo. A Banda chegou até a Universal após muito sucesso, prêmios e destaque no meio independente, sendo considerada por muitos uma das melhores bandas da década e uma das faces da musica independente brasileira. Talvez por isso a parceria com a universal tenha soado estranha para alguns, e no final das contas, acabou sem grandes novidades, sendo rescindida por iniciativa da Banda.

O antigo quinteto liderado por Helio Flanders, que agora conta com a participação de uma presença feminina no grupo, a violinista Fernanda Kostchak, gravou seu próximo disco em sua terra natal, a cidade de Cuiabá. O disco está em fase de finalização e os integrantes da banda prometem seu lançamento para o final de junho.

Ainda no assunto “gravadora” a banda cachorro grande vai mudar os rumos também neste ano. Após uma parceria de 6 anos com a Deckdisc (a mesma da pitty) e o lançamento de 3 discos, com direito a mixagem em Abbey Road, as duas partes romperam, e os cachorros partiram para a Trama, gravadora de médio porte, que transmitiu na internet parte das gravações do álbum a ser lançado este ano. 

O disco que deve sair no meio do ano, é definido pelo vocalista Beto Bruno, confiante com a produção que ficou a cargo dos próprios membros da banda, como o mais Rock´n Roll de todos lançados pelo grupo. Resta esperar pra ver se a banda volta a suas raízes mais sessentistas, ou se vai viajar por outras décadas da história do rock, como foi no caso de Cinema, que flertava com o Space Rock. 

O guitarrista Marcelo Gross também prepara uma surpresa para os fãs, logo após a finalização das gravações do disco da Cachorro Grande, ele é quem entra em estúdio para gravar seu primeiro álbum solo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Shows do final de semana - Maio #4

 E então, finalmente, voltamos com a programação (para a alegria de muitos).


Sexta-feira, 27 de maio:
Alan McGee discoteca no Studio SP (15° Cultura Inglesa Festival) 
- São Paulo, SP 
Preço: R$25,00.
Horário: 23h.
Mais informações: http://festival.culturainglesasp.com.br/dj-alan-mcgee-no-studiosp/307

Tiê no Sesc Belenzinho - São Paulo, SP
Preço: R$24,00 (inteira), R$12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante), R$6,00 (trabalhador no comércio e serviçoes matriculado no SESC e dependentes).
Horário: 21h30.
Mais informações: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=194531



Sábado, 28 de maio:
Archie Shepp no Sesc Pompéia - São Paulo, SP
Preço: R$32,00 (inteira), R$16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante), R$8,00 (trabalhador no comércio e serviçoes matriculado no SESC e dependentes).
Horário: 21h.
Mais informações: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=193240  

Gustavo Prafrente na Galeria Osvaldo Cruz - São Paulo, SP
Preço: Gratuito.
Horário: 15h.
Mais informações: http://www.facebook.com/event.php?eid=164368876959429



Domingo, 29 de maio:
Archie Shepp no Sesc Pompéia - São Paulo, SP
Preço: R$32,00 (inteira), R$16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante), R$8,00 (trabalhador no comércio e serviçoes matriculado no SESC e dependentes).
Horário: 19h.
Mais informações: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=193240


ESPECIAL 15º CULTURA INGLESA FESTIVAL

PARQUE DA INDEPENDÊNCIA:
11:00 - Cadillac Bourbon  (Banda vencedora da votação)
http://festival.culturainglesasp.com.br/cadillac-bourbon-banda-vencedora-da-votacao/2002

11:30 - Lady Luck (Banda vencedora da votação)
http://festival.culturainglesasp.com.br/lady-luck-banda-vencedora-da-votacao/1979

12:00 - Broth3rhood
http://festival.culturainglesasp.com.br/broth3rhood/2007

13:00 - Cachorro Grande toca The Who
http://festival.culturainglesasp.com.br/cachorro-grande-toca-the-who/1930

14:15 - Mockers toca The Beatles
http://festival.culturainglesasp.com.br/mockers-toca-beatles/438

15:30 - Blood Red Shoes
http://festival.culturainglesasp.com.br/blood-red-shoes/2582

17:00 - Miles Kane
http://festival.culturainglesasp.com.br/miles-kane/2398

18:30 - Gang Of Four
http://festival.culturainglesasp.com.br/gang-of-four/342


o resto da programação você encontra AQUI!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quem Precisa do Rock In Rio?

Agora que todas as principais atrações do rock in rio foram confirmadas, fica a pergunta – Quem precisa do Rock in Rio?

Esse festival que teve a sua primeira edição em 1985, com bandas como Queen, AC/DC e Iron maiden, depois outras duas edições em terras cariocas, até resolver se tornar um imigrante europeu, como bom brasileiro que é, indo parar em Lisboa e Madri, agora volta para mais uma edição no Brasil, sendo muito criticado por uma enorme quantidade de atrações não roqueiras.

A verdade é que a primeira edição do Rock in rio, representou um marco para a música brasileira, pois os grandes nomes da musica internacional não chegavam a tocar por aqui, nem haviam grandes festivais para os músicos oriundos desta terra. Isso fez a marca “Rock In Rio” ganhar tamanha notoriedade, o evento tinha hino e cidade própria, e até hoje quando se fala este nome, as pessoas imaginam algo grandioso e único. Por causa dessa popularidade que o evento ganhou, é normal que a nova edição, traga em seu line up atrações mais populares e menos roqueiras, indo desde cantores de axé a trilha de novela. O que vale agora é atrair a atenção de todo mundo, todos os gostos, pra esgotar os ingressos (o que já aconteceu) e manter o status de grande festival.

Passados vinte e cinco anos da primeira edição, o Brasil já virou rota de muito musico internacional de renome, já temos outros grandes festivais, que mesmo engatinhando perto do que acontece na Europa e Eua, são nossos, e ninguém tira. Yes We Can. Então eu volto com a pergunta - Quem precisa de Rock in Rio?
Hoje ele serve como uma espécie de comemoração do que aconteceu em 1985, os pais falam “fui ao primeiro rock in rio!” como algo fantástico, e o era de fato, pois o Brasil era outro. Hoje não é mais novidade falar que se foi em qualquer festival, porque acontecem todo ano e em maior quantidade, e sempre haverá algum que agradará mais um certo tipo de público que outro. Ele não é maior que nenhum Planeta Terra ou o novo SWU. Rock In Rio não abre mais as fronteiras brasileiras.

Se você quer ver o Elton Jhon ou o Red Hot Chili Peppers, vá ao festival. Mas se o que você procura é algo com clima de Rock In Rio I. Esquece. Aquela sensação de novidade e euforia não vai mais acontecer no Brasil, o que sobra é o público pressionar para que os eventos sejam cada vez maiores e com atrações pra deixar qualquer Glastonbury com inveja. Enquanto isso não acontece, não vale mais criticar a falta de Rock no Rock in Rio, já passou a hora. Agora é esperar confirmar as atrações dos outros festivais, e escolher o que mais agrada. No fim o que vale, é o que você gosta.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Heroína.



Domingão, dia das mães, festa de família, todo o pessoal reunido na sala, barriga cheia... e o DVD da Amy Winehouse tocando em alto e bom som, animando o pessoal.
Ok, digam exatamente o que vocês pensaram. Eu juro que eu também pensei:
Se tem uma coisa que não combina com esse ambiente extremamente familiar que acabei de descrever, essa coisa é, definitivamente, Amy Winehouse.
Vocês me entendem; não é por sua música, longe disso. O problema é sua vida pessoal, que foi escancarada para o público, e agora faz com que eu pense que qualquer DVD seu deva ter censura de dezoito anos, por ser baixaria em potencial...
Mas deixa pra lá. O show que passava na televisão (na verdade o único gravado pela cantora) era intitulado "I Told You I Was Trouble", de 2007, gravado em Londres. Vou dizer que o que vi me deixou muito mais triste do que contente: o show é sensacional. Digo sempre pra todos que sou fã da moça, mas aquela Amy me surpreendeu. Um teatro pequeno, mas grandioso, comandado por uma moça magricela, mas não menos grandiosa, em plena forma.
A voz que surpreendeu o planeta parecia dominar a todos do outro lado da televisão. Até eu, à distância vendo um show gravado há tempos, fui fisgado por um singelo gesto da cantora; um leve movimento de levar a mão até acima dos olhos para cobri-los da luz e poder enxergar a platéia. Me senti sendo vigiado pela maior estrela do mundo pop. Tive medo.
Meu medo durou pouquíssimo. Foi só lembrar de quem é Amy Winehouse atualmente, não preciso nem descrever.
(Me desculpem pelo duplo-sentido do título, mas foi mais forte do que eu. Voltando...)
No fundo, é isso que me entristece. Porque Amy foi sim uma estrela. Dominou a grande mídia e conquistou seu espaço cantando uma mistura de jazz com pop cuja fórmula deu muito certo. Era o momento perfeito para todas as outras cantoras entenderem que ninguém agüenta mais dramas adolescentes e canções futilmente confessionais. Eu juro que não estava sozinho nesse pensamento: até a Lily Allen deu uma declaração chiliquenta dizendo que nunca chegaria aos pés de Amy. Fiquei eufórico, parecia que a música poderia ir para o caminho mais certo...
Mas é claro que, como sempre, eu estava errado. Amy se afogou nas drogas e ainda não aprendeu a nadar, matando a solitária semente de esperança que eu relutava em guardar sobre o mundo pop. E Desde aquele 2007, ano daquele show lá longe, em Londres, muita água já rolou: morreu o Michael Jackson, nasceu a Lady Gaga e a Beyoncé ganhou cento e oitenta e sete Grammys.
E como tudo que é ruim pode ficar pior, até a Avril Lavigne resolveu lançar disco novo. Eu tava tão feliz que ela tinha morrido...
Enfim, o DVD acabou e o domingo já estava escuro. Tiraram o disco do aparelho e colocaram no "Fantástico". Pra piorar, fui dormir com uma tremenda azia. Só não descobri ainda se é culpa do bife à parmegiana (cortesia do dia das mães) ou da situação musical do mainstream. Melhor que seja do bife, que eu já sei que tem remédio. Quanto ao remédio pro mundo pop...
Bom, quem sabe na semana que vem.