quarta-feira, 12 de maio de 2010

TOP 10 álbuns: Igor Filus (Charme Chulo)

ESTRÉIA do TOP 10 álbuns!! Para começar com grande estilo convidamos Igor Filus, vocalista da banda Charme Chulo, para fazer a seleção de seus discos favoritos.


1. Ramones – Ramonesmania (1989)
“Por volta de 1994, ouvi com uns primos meus no interior do Paraná, em uma estrada, dentro de um carro em alta velocidade, “Somebody Put Something In My Drink”. Lembro o momento exato de ter descoberto por mim mesmo aquele sentimento tão instigante e juvenil. Um pouco depois comprei do meu primo este CD inesquecível.”


2. Legião Urbana – Legião Urbana (1984)
“Tendo por base o punk, todas suas ideologias e letras, mais tarde percebi que no pós-punk suas letras eram ainda mais instigantes, punks e profundas. E, melhor, com esses era em português! Alguém em quem você podia confiar. “Geração Coca-Cola” e depois as outras músicas e os outros discos. Tinha só 17 e um herói já morto!”


3. Smiths – Best II (1991)
“Se com o Ramones eu havia descoberto o rock, com este disco posso dizer que descobri o melhor do rock. Ganhei este CD de amigo secreto. Me lembro da beleza de suas músicas, sendo seu melhor sabor aquela espécie de punk sofisticado. O som lembrava literatura. Percebi, também aí, que os europeus eram bem melhores que os americanos.”


4. Joy Division – Substance (1988)
“Procurava no álbum Closer o que eu encontrei nos Smiths, mas foi inicialmente uma decepção pra mim. E o Substance me cativou. Abriu caminho para Cure, Echo e outras bandas boas dos anos 80. A voz e as letras do Ian Curtis eram as raízes do Renatão. Hoje gosto mais do Closer.”


5. Belle & Sebastian – If You’re Felling Sinister (1996)
“Ouvi falar deles pela primeira vez na extinta revista Bizz, quando só tinham este CD. Um som muito leve e introspectivo, com as mesmas referências anteriores. Acabei gostando mais do disco posterior, The Boy With The Arab Strap , mas com esse eu os conheci. Tenho 29 anos e, se isso significa alguma coisa, posso dizer que sou um fã de Belle & Sebastian das antigas.“


6. Oasis – Definitely Maybe (1994)
“Tinha muito preconceito, por causa da arrogância e chatice da banda. Um dia, vi sem querer, na casa da minha avó, o clipe de “Live Forever” e o brilho daquela música, com aquele cara sentado em uma cadeira na parede de um prédio, me fez buscar esse disco. Um sentimento particular e frio muito bom. Ouvi no álbum o verdadeiro Pistols, que não havia nos Green Days ou Offsprings, e entendi toda a arrogância. Abriu o britpop pra mim. Depois encontrei outros nomes, como Suede e Pulp.”


7. Velvet Underground & Nico – Velvet Underground & Nico (1967)
“Quem leu Mate-me Por Favor sabe que a geração do Strokes surgiu daí, depois da redescoberta e popularização de Velvet Underground, Stooges e outros. Eu peguei bem essa época e este disco do Velvet é adorável. Tão antigo, pop e estranho. Hoje nem soa mais assim.”


8. Tião Carreiro & Pardinho – Dose Dupla [com os álbuns Hoje Eu Não Posso Ir e Rancho dos Ipês” ] (1972/1967)
“Porque não conhecer Tião Carreiro e a música caipira de raiz (como é o country pros americanos)? Meu avô só ouvia isso aí! Depois acabei escutando muitas outras coisas deste estilo e dos intelectuais da viola caipira. Tião Carreiro é o melhor de todos os violeiros da musica folclórica ( folk ) brasileira e também o mais próximo do rock. A criatividade de suas músicas o transforma no mais cool deles. Um clássico brasileiro, como Johnny Cash ou Woody Guthrie.”


9. Chico Buarque – Minha História - O Melhor de Chico Buarque (1988)
“Despi-me novamente de preconceitos, no caso contra a MPB, e tive a felicidade de conhecer o som único, quase inclassificável e de confiança de Chico Buarque. É nacional e em bom português – melhor ainda! Letras, novamente as letras... Incríveis! Criatividade! ‘Essa Moça Tá Diferente’ e ‘O Que Será’ são excepcionais.”


10. Sinéad O’Connor – So Far... The Best Of (2000)
“Dentre a escolha por estes dez discos, inevitavelmente, outros importantes pra mim ficam de fora – Leonard Cohen, Del Shannon, Tom Zé, Pixies, Mano Chao. Mas as canções dessa irlandesa me pegaram nesta coletânea! É difícil ser tão sério e tão pop na música quanto ela conseguiu. Parece que é a vida dela que está em jogo. No final, isso fica sendo até mais importante que a música. E é assim mesmo que eu sinto que as coisas são.”

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