quarta-feira, 7 de julho de 2010

TOP 10 álbuns: Rafael Gregório (Circo Motel)

Hoje quem comanda o TOP 10 álbuns é o Rafael Gregório. Jornalista, compositor e vocalista da banda  paulistana Circo Motel , Rafael fala sobre seus álbuns favoritos e um pouco da história de cada um deles.


 1. Guns N Roses - Appetite for Destruction (1987)
Eu tinha doze anos e nenhuma pista. Ouvi “nightrain” no vinil de um amigo-irmão e descobri o sentido da existência. Lembro de ir na loja de discos e voltar no ônibus segurando o appetite, resignado, enfim uma missão. Faço música graças aos cinco, especialmente o izzy. E perdi 30% do cérebro vendo o show no ritz/88 (em vhs).


2. Stone Temple Pilots - Tiny Music (1996)
Quando ouvi este disco pela primeira vez eu estava deitado na grama olhando para o céu azul do campo, embasbacado. Ainda é assim que me sinto. Me fez aposentar o appetite e ainda é meu disco preferido.


3. Rolling Stones - Sticky Fingers (1971)
A vida ainda começava em welcome to the jungle e terminava em rocket queen quando encontrei este disco nas coisas de meu pai, uma re-edição cuidadosa remasterizada com a arte do vinil original. Depois que ouvi fiquei muito doente, no hospital, e o disco foi minha companhia. A melhor fase da melhor banda de rocknroll da história, com o blues de amor fodido mais lindo que já se fez: “I got the blues” a.k.a. “Trompetes Possuídos”


4. Caetano Veloso - Transa (1972)
O transa foi o chamado, algo como a curva no karma musical. Trilha sonora da loucura ateando fogo em si mesma. Caetano é meu oceano a remar.


5. Os Mutantes - Everything is Possible: The Best of Os Mutantes (1999)
Esta é uma coletânea que prepararam para a geração dos oitenta ainda sem contato com a música dos Mutantes, que andava fora de catálogo. Me acertou em cheio. Eles não pareciam com nada do que eu ouvia e ainda não parecem. Jovem, novo, alegre mesmo quando triste e completamente maluco. Estou tentando entender.


6. Bob Marley and The Wailers - Catch a Fire (1973)
O mais próximo da felicidade verdadeira. Quando preciso me lembrar do que é a verdadeira música orgânica, ouço este disco. “High tide or low tide” é algo muito precioso, e a céu tem uma versão fodona para “concrete jungle”.


7. Jorge Ben Jor - Tábua de Esmeralda(1974)
Tem que dançar dançando. Alquimistas, magnólias, o seu corpo todo enfim: todo o ouro e toda a glória à mão direita de jorge.


8. Fiona Apple - When the Pawn (1999)
Da mesma época do sticky fingers na minha timeline. Fiona tem a característica peculiar de abrir um rombo no meu peito mas fazer isso com jeito. É tudo muito dramático e teatral, cores e cheiros. Tragicamente sutil. E “I know” é das canções mais lindas que existem.


9. Led Zeppelin - Physical Grafitti Vol. II (1975)
As pessoas normalmente gostam de led zeppelin de “whola lotta love” e “heartbreaker” e “since I’ve been loving you”. Eu também, mas o led que amo é o de “ten years gone”, “boogie with stu”, “down by the seaside” É muito rico, maduro, evoluído.


10. David Bowie - Ziggy Stardust and The Spiders From Mars (1972)
Bowie é influência de todas as pessoas mais legais que eu conheço e não confio em quem não acha ziggy stardust o máximo. O único disco que poderia ser o 11º no top 10.

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