segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Em Meio ao Caos; Móveis.

É o momento do underground brasileiro vir à tona. Talvez seja cedo pra dizer, mas depois dos paulistanos do Cérebro Eletrônico emplacarem o ótimo "Deus e o Diabo no Liquidificador" na lista dos dez melhores discos do ano pela Rolling Stone Brasil, é difícil não estar otimista.
Como tem acontecido, 2011 vem com promessa de muitos shows internacionais. Caros, provavelmente. É bem verdade que, para alguns, ver Iron Maiden, Kate Nash ou Vampire Weekend não tem preço ou comparação, mas em meio à tanto dinheiro, surge aqui mesmo, vindos de Brasília, senão os salvadores do rock, pelo menos os salvadores das performances ao vivo. E o melhor de tudo: baratas.
O Móveis Coloniais de Acaju ganhou fama e reconhecimento justamente por sua presença de palco. Se alguns mais fanáticos se revoltam com a constante exposição da banda e a legião de novos fãs (síndrome do underground ataca de vez em quando), não dá pra dizer que não levanta uma pontinha de esperança ver um Auditório Ibirapuera, em São Paulo, completamente tomado para ver uma banda relativamente nova.
O show alto-astral e muito enérgico contagia a platéia em poucos segundos, e quem nunca tinha visto facilmente reconhece que a fama é justa. Colados no palco, fãs mais aguerridos não deixam escapar nenhuma música,conseguem inclusive levar a última delas completamente sozinhos, após a queda de energia no auditório, devido à forte chuva do lado de fora. O boca-a-boca que começará ali é o principal marketing dos brasilienses, que vão a passos largos conseguindo seu lugar ao sol.
Se já revelamos outrora de tudo um pouco, de Titãs à Nação Zumbi, de Skank à Los Hermanos, tenho certeza que tanto Móveis como o Cérebro Eletrônico podem iniciar uma nova revolução na música brasileira, na qual o som vindo debaixo do tapete terá qualidade de verdade, e nos fará orgulhosos de nossa música.
Tudo bem que a lotação máxima do Auditório Ibirapuera é de apenas 800 pessoas. Mas alguém duvida que o underground do Brasil é capaz de muito mais?

Um comentário:

  1. infelizmente eu duvido, pois o underground ainda é um nicho ridículo ( em tamanho).

    fãs do restart >>>>>> todos os fãs do underground.

    Como dia Luther King: "I have a dream" que algum dia o jabá seja punido (existe a lei, mas ela não é eficaz) e que as pessoas não tenham o direito de ouvir diversos estilos nas rádios.

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