quarta-feira, 29 de junho de 2011

Falando Em Música Entrevista: Giovanni Caruso

É com um prazer imenso que eu informo, que, depois de quase 1 ano, a volta das entrevistas no Falando Em Música será com o talentoso, baixista e compositor Giovanni Caruso. Pra quem já se esqueceu ele foi um dos integrantes (o integrante, na minha opinião) mais importante do Faichecleres. Agora com a banda denominada de Giovanni Caruso e o Escambau, ele faz um som mais maduro e trabalhado, com influências de Sérgio Sampaio entre outras bandas.


F.E.M: Como surgiu a idéia do Giovanni Caruso e o Escambau e como foi coloca-lá em prática?

Giovanni Caruso: Então... quando saí dos faichecleres precisava pensar um trabalho novo, fui então fazer um "retiro" no Paraguay para colocar as idéias (que estavam desencontradas naquele momento) nos trilhos. Primeiro, saíram as músicas que estão no nosso primeiro disco. O lance da banda veio depois, primeiro juntei pedaços, canções, compus outras e fiquei isolado no meio do Paraguay gravando o que seriam as demos do "Acontece nas melhores famílias". Quando ficaram prontas, vim pra Curitiba e comecei a juntar a banda. Foi achar as pessoas certas, ensaiar e fazer, por fim, nosso show de estréia em 2009. Toda essa primeira parte de composição e gravação da demo foi em 2007 (ano que saí dos faichecleres). A banda só se concretizou em 2009 porque neste meio tempo minha mulher (a Loló) ficou grávida, daí a prioridade acabou óbviamente virando outrae resolvemos ter o bebê junto a família dela, no Paraguay (mais uma vez).




F.E.M: Você nasceu no Rio Grande (mais especificamente na Praia do Cassino) no Rio Grande do Sul. Como foi essa saída da cidade pequena pra cidade grande? Foi planejada essa mudança?

Giovanni Caruso: Mais ou menos. Tava rodando no colégio, minha mãe já morava aqui. O Tuba também. Foi foda. Sair da praia sempre é foda acho, mas abriu muito mais espaço pra encaminhar melhor o lado artístico.



F.E.M: Como começou seu interesse por instrumentos, se apresentar, etc? Teve alguma influência familiar?

Giovanni Caruso: Sempre tive em casa, tinha 5 anos e estudava ouvindo os ensaios do Ataque Epilético que era a primeira banda dos meus irmãos, vivia no meio daquele bando de punks e carecas. Depois vieram outras fases como blues e Rock'a'Billy e eu continuei acompanhando a evolução da gurizada ali de perto até que resolvi formar minha banda tocando o que eu gostava que era beatles e rock '50. Era muito bom ficar ali no meio do ensaio daqueles punks todos.



F.E.M: Quais são as suas influências nas composições?

Giovanni Caruso: Atualmente fico à vontade para te responder que são influências ilimitadas, pois de um tempo pra cá tudo de bom que venho ouvindo acaba agregando algo para as minhas composições de certa forma. Se eu fizer um resumo posso citar artistas de música que tenham (talvez) influenciado mais como
como Sui Generis, Erasmo, Sergio Sampaio, Kinks (sempre), Wings, Chico Buarque, Raul, Cartola, enfim, mais uma paulada de gente. Sem contar os que estão na alma desde a adolescência como os Beatles e todas aquelas bandas maravilhosas dos '60, a música negra USA pré-'70, etc.



F.E.M: Além do Faichecleres e da sua banda atual, quais outras bandas você já participou? Tem mais algum projeto rolando?
Giovanni Caruso: Procuro ganhar a vida fazendo som e por isso tenho que me virar, toco toda semana com uma banda blues que se chama Tony Caster & Hard Bone's Blues, faço baixo também com Eder & seus Problemas (Punk Blues), faço violão e voz sozinho onde role fazer,tenho os "Giovanneides" que é uma dupla com o ex-compositor do Pelebrói não-sei onde tocamos nossas músicas velhas, faço umas fossas e castelhanas com a Paraguaia sempre que possível, acho que é isso.



F.E.M: Você acha que pra uma banda tentar algo, é preciso vir pra São Paulo ou pra alguma outra capital? Por que você acabou voltando pra Curitiba depois de morar 2 anos em SP?

Giovanni Caruso: Antigamente era imprescindível, hoje com a divulgação pela internet já nem tanto. Dá pra sobreviver longe, mas sem tanta evidência. Acho que SP continua sendo o melhor caminho. Provavelmente sempre será aqui no brasil. Saí dai porque saí dos faichecleres, não fazia mais sentido estar ai naquele momento.



F.E.M: Você voltaria a morar em São Paulo?

Giovanni Caruso: Não descarto uma volta, inclusive conversamos muito sobre isso no Escambau, acredito vá rolar uma hora, eu particularmente tenho muita vontade de voltar.



F.E.M: Há planos para o segundo disco do Giovanni Caruso e o Escambau? Quando será lançado? E como será chamado?

Giovanni Caruso: Ta pronto já, mixando o final. Será lançado no início do 2ºsemestre. O nome é segredo ainda hehe. Estamos "hibernando".



F.E.M: As bandas independentes nacionais estão cada vez mais em destaque. Qual bandas que você curte e recomenda para as pessoas que ainda são bitoladas na cena internacional?

Giovanni Caruso: Olha, aqui em Curitiba, estamos passando por uma fase muito boa no underground, tem muita coisa boa rolando depois de uns 5 anos de miséria e tenho muito orgulho de comentar sobre isso atualmente. Acredito que deve estar rolando muita coisa boa pelo brasil inteiro nesse momento. Daqui, poderia citar o Chucrobilly man, Trem Fantasma, Crocodilla, Chuvas, Rockstead City Farm e mais um monte de gente, escolhi esses por serem trabalhos mais recentes, gente que apareceu por agora, mas tem muita coisa boa rolando longe dos olhos e ouvidos dos meios mais abrangentes de cultura. De sp a minha favorita são Os Haxixins.




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