terça-feira, 12 de junho de 2012
Especial Dia dos Namorados: Top 10 das músicas românticas mais clichês das últimas décadas
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Há Tempos, Legião Urbana...
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Wagner e Dado, na inglória tarefa de tocar Legião sem Renato Russo. |
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Retrospectiva 2011: Álbuns Internacionais
Lioness Hidden Treasures - Amy Winehouse
Lançamento: 2 de dezembro.
O disco é basicamente do que sobrou. Algumas gravações novas como nas músicas "Our Day Will Come". Algumas faixas também possuem participações como em "Life Smoke" gravada com o rapper Nas. Também há umas 4 que são músicas que ela já havia lançado nos discos passados porém numa versão nova. A grande surpresa desse disco que foi bem aceita, foi a versão de "The Girl From Ipanema". Música de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim que foi regravada por grandes nomes como Frank Sinatra, por exemplo.
El Camino - The Black Keys
Lançamento: 6 de dezembro.
Sétimo álbum da banda e um dos discos mais esperados do ano. Rápido, sem muita psicodelia, dançante. Há continuidade nos riffs memoráveis, marca do Black Keys desde o primeiro EP. Lançaram o primeiro single, Lonely Boy, primeira faixa do álbum, que vai ficar por muito tempo nas baladas e noitadas. Outra faixa muito bem aceita pelos fãs da banda foi Little Black Submarines, que também aparece em listas de grandes revistas musicais. A Rolling Stone colocou o álbum em 12º na lista dos 50 melhores álbuns do ano. Em algumas listas de uns blogs esse álbum está entre os 3 primeiros. Discordo um pouco, apesar de ser um belo álbum. Ainda prefiro o Brothers.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Para voltar em grande estilo - 19/08: Uma grande noite no Inferno Club
Opinião é algo bem peculiar, vai de pessoa para pessoa e no meu caso quando o assunto é o que faz um show bom, respondo que é a singularidade, a novidade. Sempre espero algo mais do que somente a banda no palco e um set list marcante. Prezo pela presença do palco, envolvimento e controle que a banda tem por quem está assistindo. Foi exatamente isso que eu vi em um dos shows que eu fui nesse último semestre, mas especificamente no mês de agosto na casa de show da augusta chamada Inferno Club. O show era de uma banda que já passou por aqui: Os Beach Combers!
Os Beach Combers eram a primeira banda da noite, logo em seguida viria os Bang Bang Babies de Goiânia. Eles entraram no palco na melhor forma de descontração, abastecidos de bastante cerveja e com muita animação. As músicas são instrumentais, mas as pessoas estavam tão animadas com o som que parecia que estavam naquela mesma empolgação quando você acompanha a música cantando.
Não bastava a performance, a loucura dos integrantes (que até resultou em perna torcida do guitarrista Bernar), as músicas sensacionais do set list - contidas no EP da banda -, eles ainda fecharam o show com a música "Um lugar do Caralho" do grande Júpiter Maçã. Não tinha música melhor pra encerrar o show maravilhoso daquela noite. Tenho impressão que eles tocaram mais uns covers - ou apenas um - mas não vou me arriscar nos nomes. Além do show ter sido em agosto eu já estava meio bêbada.
Quando fiz a primeira resenha, estava apostando no som e concordando com uma afirmação, mas depois do show, digo sem dúvida nenhuma que NINGUÉM SEGURA OS BEACH COMBERS. E que o show deles foi um dos melhores shows nacionais que eu vi em 2011. Sem mais.
Pra quem não conhece, eis aqui o EP deles de 2010.
Sobre o blog: voltamos (assim espero).
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Falando Em Música Entrevista: Filipe Catto

Falando em Música: A forma como você interpreta suas musicas ao vivo é bastante marcante, tão poética quanto as suas composições, que possuem bastante vigor, surpreendem pela carga emocional que trazem, e pela qualidade da escrita. A você, o que encanta mais, o momento da composição, a criação, ou a função de interprete te traz mais emoção?
Filipe Catto: Na verdade, cada momento tem seu valor específico. Adoro o momento de compor, adoro poder receber o lampejo da canção... mas, sinceramente, meu tesão maior é o palco. Eu só consigo dar vida, de fato, a uma canção quando eu toco ela pro público. Antes, ela fica meio que suspensa na minha cabeça... mas no momento em que ela é colocada para o público, ela existe de fato. No fim das contas, é naquele templo que tudo acaba ganhando vida, onde eu posso viver cada palavra e ser a coisa que antes só existia no meu íntimo.
F.E.M: Muitos artistas saem de sua terra natal e encontram inspirações diferentes. Sua passagem por Nova York foi importante artisticamente? Em que momento você mais sente essa influência? A mudança agora pra São Paulo, também te trouxe esses sentimentos?
Filipe Catto: Quando eu estava em NY, eu não consegui escrever nada que prestasse... talvez porque as experiências que eu estava vivendo dentro do furacão já me tomassem naquele instante. Quando eu voltei pro Brasil foi que eu consegui olhar praquilo de fora e fruir, compor sobre tudo o que eu vivi e ver tudo de uma outra forma. Mudar é bom, e mudar de cidade traz, naturalmente, outros ângulos. São Paulo, agora, me deu um berço muito forte pra poder me expressar mais livremente. Aqui eu to podendo ser mais leve, e também, de certa forma, mais ousado e mais contemporâneo.
F.E.M: Qual é a sua relação com a platéia enquanto você está no palco? Que reações você espera dela, e como essas reações podem mudar o curso do show?
Filipe Catto: Minha relação é sempre de muito respeito. Eu to fazendo uma tour pelos CEUs da periferia de São Paulo agora, e está sendo uma puta experiência incrível, porque as pessoas ali são extremamente espontâneas e críticas. Não tem enganação, ou você faz o show pra valer, ou está ferrado. Eu acho que não dá pra subestimar nenhum público, o lance é se entregar de coração em cada apresentação, porque aquilo é, no mínimo, transformador pra si, como artista. E sempre tem que se pensar que cada pessoa ali saiu de casa e deixou de ver a novela pra te assistir... e que tem o direito de se emocionar. Eu não sou muito pautado, no palco, pelo roteito. Há, sim, um roteiro, mas rola sempre um jogo de cintura sentindo a vibe da platéia... o negócio é fazer com alma e se deixar levar mesmo, com respeito e profissionalismo, sempre.
F.E.M: Em entrevistas você já citou Elis Regina e Pj Harvey como influências musicais, e nos outros campos da arte como cinema ou literatura, o que ou quem te interessa?
Filipe Catto: Hilda Hilst, primeiro, porque os textos dela são extremamente musicais... rola uma vertigem ali... uma sucessão rítmica de palavras que me deixa completamente pasmo. No cinema eu curto muito os caras mais oníricos, tipo o Lynch, o Wong Kar Wai, o Coppola, a Sofia Coppola, que levam a gente prum outro mundo mesmo... Eu amo também os retratos do Mapplethorpe, os trabalhos do Matthew Barney, da Adriana Varejão, os filmes do Almodóvar, os shows que o Fauzi Arap dirigiu... tem muitas referências.
F.E.M: Você canta nos shows e vai gravar Reginaldo Rossi e Dia Perfeito da Cachorro Grande. Que outros artistas você tem vontade de interpretar e ainda não teve oportunidade?
Filipe Catto: Tem diversas músicas que eu amo e to de olho pra shows ou futuros discos. Tem de Erasmo a Tulipa, de Marianne Faithful a Luz Casal, de Pélico a Junio Barreto e Nina Simone...
F.E.M: Seu Álbum já está em processo de gravação? Como está sendo esse momento de preparação e expectativa pro disco?
Filipe Catto: Foi gravado já, mas os detalhes eu dou depois. Por enquanto eu vou deixar o mistério... Pra mim, foi surpreendente, to muito feliz com o resultado coletivo desse processo louco que é se internar num estúdio e fazer a coisa acontecer. Já tem nome, já tem capa, já tem tudo. Depois a gente conversa.